terça-feira, 26 de janeiro de 2016

cartaz e convite da exposição "Diferentes Olhares/15 Bonfim com Azeite"


Prefácio de Bonfim com Azeite


                   A Educação Inclusiva invoca uma escola que tenha em atenção o jovem como um todo e não só o jovem como aluno, respeitando os níveis de desenvolvimento académico, sócio emocional e pessoal, de forma a maximizar o potencial de cada um.
                   Os currículos específicos facilitam o desenvolvimento de competências fundamentais para a participação dos alunos com NEE em diversos ambientes, preparando-os para poder responder, tão autonomamente quanto possível, às necessidades e aos desafios presentes e futuros, visando, também, o desenvolvimento pessoal e social.
                   DIFERENTES OLHARES 15 – BONFIM COM AZEITE nasce em setembro.
                   O ponto de partida foi uma visita guiada ao Museu da Tapeçaria Guy Fino de Portalegre, onde se desenvolveu uma atividade lúdica sobre a tapeçaria ”Pão azeite e vinho”, de João Tavares(portalegrense, aguarelista e o primeiro artista a trabalhar com a manufatura).
 Desde então, a curiosidade pairou em todos nós e, deste modo, vimos partilhar o que descobrimos sobre o azeite e as suas aplicações, assim como algumas das realizações relativas à temática.
Das diferentes atividades efetuadas, destacamos o concurso de desenho relativo à tapeçaria selecionada, a apanha da azeitona, à visita ao lagar da COOPOR para observação de todo o processo de transformação da azeitona até ao armazenamento do azeite, pesquisas junto da família/comunidade e na internet que permitiram conhecimentos sobre os mitos e as lendas, a construção de coleções de provérbios e receitas,  as diversas aplicações que o azeite tem na saúde, na higiene e na beleza.
No desenvolvimento de todo este projeto o grupo contou, várias vezes, com a colaboração de Encarregados de Educação que se disponibilizaram para partilharem os seus saberes e desta forma ajudaram a desenvolver competências a nível da gastronomia com atividades de elaboração e degustação de pequenas iguarias feitas com azeite (patês de azeitona, torradas com azeite, broas de azeite,  piso para a açorda alentejana,….), ensinaram também a adoçar as azeitonas e com as folhas de oliveira a fazer um chá.
Com Visitas à Casa Museu José Régio, ficou reconhecida a importância deste “ouro líquido”, em tempos remotos, na iluminação das casas e das ruas, na lubrificação de ferramentas, impermeabilização de têxteis e foi reconhecido como um elemento essencial em ritos religiosos.
Na olaria, conheceu-se a matéria- prima com que se fazem algumas azeitoneiras e deitou-se mãos à obra para cada um elaborar a sua.
O projeto chegou ao fim e muito ficou por desvendar mas ficamos a saber que:
     “A oliveira dá-nos azeitona,
                   a azeitona dá-nos azeite,
                              o azeite dá-nos luz na candeia, saúde no mal e gosto no prato”

podendo concluir que :

“ a oliveira até a sombra nos dá”