A
Educação Inclusiva invoca uma escola que tenha em atenção o jovem como um todo
e não só o jovem como aluno, respeitando os níveis de desenvolvimento
académico, sócio emocional e pessoal, de forma a maximizar o potencial de cada
um.
Os
currículos específicos facilitam o desenvolvimento de competências fundamentais
para a participação dos alunos com NEE em diversos ambientes, preparando-os
para poder responder, tão autonomamente quanto possível, às necessidades e aos
desafios presentes e futuros, visando, também, o desenvolvimento pessoal e
social.
DIFERENTES OLHARES 15 –
BONFIM COM AZEITE nasce em setembro.
O ponto de partida foi uma visita guiada ao Museu
da Tapeçaria Guy Fino de Portalegre, onde se desenvolveu uma atividade lúdica
sobre a tapeçaria ”Pão azeite e vinho”, de João Tavares(portalegrense,
aguarelista e o primeiro artista a trabalhar com a manufatura).
Desde então, a curiosidade pairou em todos nós
e, deste modo, vimos partilhar o que descobrimos sobre o azeite e as suas
aplicações, assim como algumas das realizações relativas à temática.
Das diferentes atividades
efetuadas, destacamos o concurso de desenho relativo à tapeçaria selecionada, a
apanha da azeitona, à visita ao lagar da COOPOR para observação de todo o
processo de transformação da azeitona até ao armazenamento do azeite, pesquisas
junto da família/comunidade e na internet que permitiram conhecimentos sobre os
mitos e as lendas, a construção de coleções de provérbios e receitas, as diversas aplicações que o azeite tem na
saúde, na higiene e na beleza.
No desenvolvimento de todo
este projeto o grupo contou, várias vezes, com a colaboração de Encarregados de
Educação que se disponibilizaram para partilharem os seus saberes e desta forma
ajudaram a desenvolver competências a nível da gastronomia com atividades de
elaboração e degustação de pequenas iguarias feitas com azeite (patês de
azeitona, torradas com azeite, broas de azeite, piso para a açorda
alentejana,….), ensinaram também a adoçar as azeitonas e com as folhas de
oliveira a fazer um chá.
Com Visitas à Casa Museu
José Régio, ficou reconhecida a importância deste “ouro líquido”, em tempos
remotos, na iluminação das casas e das ruas, na lubrificação de ferramentas,
impermeabilização de têxteis e foi reconhecido como um elemento essencial em
ritos religiosos.
Na olaria, conheceu-se a matéria- prima com
que se fazem algumas azeitoneiras e deitou-se mãos à obra para cada um elaborar
a sua.
O projeto chegou ao fim e
muito ficou por desvendar mas ficamos a saber que:
“A oliveira
dá-nos azeitona,
a
azeitona dá-nos azeite,
o azeite dá-nos luz na candeia, saúde no mal
e gosto no prato”
podendo
concluir que :
“ a oliveira até a sombra nos dá”
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